Navegar, nunca foi preciso, já no mar nasci e vivo,
Entre um naufrágio e outro, algumas ilhotas.
Aporto o humano coração, em terras sem cultivo.
Revolto-me! Volto inumana, ao oceano de mil rotas.
Mergulho desatinada, no breu mais profundo,
De quase nada verde, na parede de água dura,
A procura do que desconheço, mas circundo.
Há de um Deus marítimo salvar-me da loucura!
Sobrevivi aos ciclopes, com dois olhos de mulher, apenas.
As centenas de palavras afogadas nas vagas infernais,
Até descobrir Pessoa e depois Luis, nas coisas pequenas.
Quando estou viva... morro de amor, por esses dois porto-i-guais.
Entre um naufrágio e outro, algumas ilhotas.
Aporto o humano coração, em terras sem cultivo.
Revolto-me! Volto inumana, ao oceano de mil rotas.
Mergulho desatinada, no breu mais profundo,
De quase nada verde, na parede de água dura,
A procura do que desconheço, mas circundo.
Há de um Deus marítimo salvar-me da loucura!
Sobrevivi aos ciclopes, com dois olhos de mulher, apenas.
As centenas de palavras afogadas nas vagas infernais,
Até descobrir Pessoa e depois Luis, nas coisas pequenas.
Quando estou viva... morro de amor, por esses dois porto-i-guais.
7 comentários:
O importante, após uma tormenta, é nos reerguermos e seguimos em frente!
Belo texto
bjão
Mergulho desatinada, no breu mais profundo,
De quase nada verde, na parede de água dura,
A procura do que desconheço, mas circundo.
Há de um Deus marítimo salvar-me da loucura!
Lindo e muito profundo amiga. A mamãe inspiração andou aumentando a dose.
Beijos,
Furtado.
Que belo Ira, você tem momentos de grande inspiração e acredito que,de transpiração também rsrs... Encantador versejar. Bj.
Maravilhoso!!!!!!!!!!!!!
Até descobrir Pessoa e depois Luis, nas coisas pequenas.
Quando estou viva... morro de amor, por esses dois porto-i-guais.
Que força expressiva!
Com admiração,
Cris
Postei São Paulo-bagagem no blog
www.cristinasiqueira.blogspot.com
Espero sua visita
Excelente poesia. Gostei do uso das metáforas nela e especialmente da inspiração no clássico "mar português".
meus parabéns, sigo nas minhas crônicas e contos do meu blog...dá uma olhadinha lá quando tiver tempo, dei uma atualizada.
beijo
Belíssimo.( um presente)
é sempre delicioso "entrar" aqui,e claro sair renovado.
bjs
É tua, a casa!
Ao contar a história da minha alma, acabo contando a história da alma-humana, da tua história!
Volte sempre que quiser, a honra será minha!
Poememos!
Poem-amemos!
Bjo!
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