http://umbecochamadocaminho.blogspot.com
Amigos, o Faces do Poeta não terá mais publicações, agora, uma outra fase, um novo trajeto, assim, aqui deixo o endereço desse recente caminho, pra quem quiser me acompanhar. Obrigada por todo esse tempo de poesia, amizade e carinho, bjs
FACES DO POETA
INSPIRAÇÕES DO POETA
9 de nov. de 2012
12 de set. de 2012
A cada dia fica mais difícil conciliar os afazeres da vida
real com o desvelo que a blogosfera exige, então resolvi dar um tempo nas
postagens, mas continuarei visitando os blogues, porém sem deixar comentários
longos, assim não perco as leituras que tanto gosto, como também dou conta de
viver meu cotidiano. Obrigada pelo carinho de todos, bj Ira Buscacio
3 de set. de 2012
Poeminha de Peso
Subindo pelas paredes,
Abundantemente,
A vida demanda.
Oh, vida vagabunda,
Tu andas pesando um bocado
A corcunda!
27 de ago. de 2012
A Pedra
A escada
de pedra parecia levar ao céu, com seus degraus intermináveis e cinzas, meus
pensamentos de canto em canto matavam-se exaustos como cigarras ilusionistas.
O verão
era cínico!
No princípio, não alheia às pequenas flores entornadas no chão, meu coração suspirou e esqueceu-se de ser coração, pois era precipitado sentir ou fazer qualquer ruído, os sinais recém-nascidos ainda vestiam um silêncio único.
À medida que subia o caminho, espasmos dos ventos criavam idéias e símbolos, minha mente que antes era ócio, após ganhar o sol não tardou desenhar vontades, desejo em poesia, que suavemente oprimia meus seios magriços.
Depois daquele dia, para sempre, eu seria uma anônima entre a podridão e o luxo, alguém a alimentar os sonhos dos ingênuos, como eu, quem sabe realizáveis, por que nasci pra isso.
Nasci para os manicômios, para os circos, para os miseráveis e os impossíveis, que trazem no sangue o propósito das coisas, não apenas coisas tristes ou felizes, mas humanas, coisas feitas de suor e pedra como a escada.
Rota dura e definitiva de quem trabalha arduamente a alma e, grande e imperfeita, ainda assim prefere ingressar na vida pela entrada de serviço, onde se encontra facilmente humanidade, onde as costelas se acomodam por amor e bordoada.
Passo entre as ruínas arquitetônicas dos homens, das árvores frescas e observo a existência de Deus!
No princípio, não alheia às pequenas flores entornadas no chão, meu coração suspirou e esqueceu-se de ser coração, pois era precipitado sentir ou fazer qualquer ruído, os sinais recém-nascidos ainda vestiam um silêncio único.
À medida que subia o caminho, espasmos dos ventos criavam idéias e símbolos, minha mente que antes era ócio, após ganhar o sol não tardou desenhar vontades, desejo em poesia, que suavemente oprimia meus seios magriços.
Depois daquele dia, para sempre, eu seria uma anônima entre a podridão e o luxo, alguém a alimentar os sonhos dos ingênuos, como eu, quem sabe realizáveis, por que nasci pra isso.
Nasci para os manicômios, para os circos, para os miseráveis e os impossíveis, que trazem no sangue o propósito das coisas, não apenas coisas tristes ou felizes, mas humanas, coisas feitas de suor e pedra como a escada.
Rota dura e definitiva de quem trabalha arduamente a alma e, grande e imperfeita, ainda assim prefere ingressar na vida pela entrada de serviço, onde se encontra facilmente humanidade, onde as costelas se acomodam por amor e bordoada.
Passo entre as ruínas arquitetônicas dos homens, das árvores frescas e observo a existência de Deus!
Meus
olhos inclinam-se diante dessa força teimosa das formigas, que continuam cumprindo seus
destinos, de labor e de viver, sem discutirem a mágica
Sim, a margem de todas as cosmopolitas convicções há um agente que exprime supremacia e reage naturalmente. O universo! A origem do que cada coisa é e não do que o homem qualifica na sua embriagues mundana, pois a mão humana não alcança o sol, jamais tece a luz que ilumina ou cega e nem tão pouco a pedra de cada ser.
Sim, a margem de todas as cosmopolitas convicções há um agente que exprime supremacia e reage naturalmente. O universo! A origem do que cada coisa é e não do que o homem qualifica na sua embriagues mundana, pois a mão humana não alcança o sol, jamais tece a luz que ilumina ou cega e nem tão pouco a pedra de cada ser.
23 de ago. de 2012
O Ovo que Colombo não Viu
O menino é curioso
Ousou espiar
Querer
Bolinar
A dona é cobra
Manobra o olho
Do menino
Zarolho
O menino é teimoso
Pulou muro
Furtivo
E de pau duro
A dona concedeu
Comeu sem dó
O pinto
E saiu do caritó
Moral da história:
- mais vale um pinto vivo na mão, do que uma galinha morta!
18 de ago. de 2012
Rota de Extravio
Talvez passasse a vida sem teu país, talvez sem tua música,
Sem conhecer este ébrio mar de morte suplicada,
Ondas de línguas cheias que lambem a sede dos náufragos,
Porém subestimei tua correnteza invisível, mas bravia e
faminta do inesperado.
Subestimei meu navio de guerras e orquestras,
Seu casco remendado, o timão submisso.
Jurei aos quatro cantos jamais ir além da ilha melancólica.
Que violenta jura! A embarcação briosa perdera o temor das
pedras,
Dos temporais e de mim.
Foi-se de vez, como nunca antes, ao encontro do azul sem
trégua
Perdi a rota, a sensatez e o coração de metal.
Aportei em tuas terras como quem crava as unhas no alto do
precipício,
Na pedra definitiva, o medo salgando a boca e nos olhos a
certeza do resvalo.
Tombei sobre teu litoral raro de sorrisos,
Meu corpo queimando em fogo de cheiro e sabor,
Febre dos que enlouquecem por amor que não se sabe e há.
Bem poderia essa chama não sobressair-se em face dos mil
raios extraordinários,
Luminosidade que envolvia teu território de lábios e raízes,
No entanto, em silêncio repetido dissestes:
Vem comigo! Vem comigo!
E como se enxergasses minha alma,
Com rosto de quem nunca havia deitado crédula,
Não ousou viver antes de mim.
Deitei sobre teu barro quente, onde nascem as súplicas,
Meu ventre conversando teu idioma de delícias,
A boca descobrindo toda região dura que arrasta gemidos,
Sem mesuras com a dor.
Sorvi o veneno adulto e contemplei toda extensão da agonia.
Teu chão acolheu-me, o carvão da pele, a distância das
pernas,
As mãos desbocadas, enquanto o céu perdoava o desejo de
eternidade.
Ah, como não ser perdida, se foi no extravio do leme que
encontrei meu túmulo!
- A morte sabe escrever macio -
Que país é este de hálito vulcânico que me lava?
- Estava escrito na terra o teu nome -
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