INSPIRAÇÕES DO POETA

1 de mar. de 2009

POEMA DE QUEM AMA

Uma única estrela surge.
Ilumina o caminho que vai dar onde você está.
Um lugar de eternidade,
Em que a luz é naturalmente essencial, assim,
Como sua boca na minha.
Sigo o caminho observando a simetria das pedras.
Aos pés, somente sua existência me assombra.
Pouso conjeturas na noite eterna.
Sua peculiar estranheza me causa sentimentos brancos.
Sem rabiscos nem traços.
A loucura me permite saborear a consciência ávida e destemida.
Partilho generosamente essa insanidade com o universo.
As dimensões do amor ignoram o real e o coração viaja por desertos.
Invade as tendas dos beduínos.
Coleciona miragens ardorosas e repousa sobre migalhas de afeto.
Amo, como jamais haveria amado!
Toco o meu destino com a fúria dos piratas,
Que cobiçam e adentram mares e terras.
Ouro meu! o seu rosto, agora reconheço.
Percebo em sua alma, as minhas digitais,
Os seus olhos que trazem fragmentos dos meus.
Aluada por sua presença adentro a casa de cômodos fartos.
Aguardo silenciosamente o seu nome,
Como quem reverência o sagrado.
Ponho sobre a mesa, minha vida e junto,
Um cálice de água fresca.
Ambos irão sacia-lo em deleite.
Nada diremos, senão, olhares consentidos.
O tempo, jamais será o mesmo.
O que se fez inexato, hoje será perfeito.
O vazio, agora será cheio.
E o que se fez metade, por sorte será inteiro.

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