INSPIRAÇÕES DO POETA

3 de jun. de 2009

Criança

Criança, um dia você vai crescer.
Vai entender que o mundo adulto, além de burro,
Nada tem de grande. Somente o prazer,
De ser a utopia de viver “in” puro.
Há um suposto rosto maduro no lado de cá,
Que se deleita com o lado oposto,
Posto que o pequenino vive lá.
Onde tudo é marginal, permissível e com gosto,
Sem saber que brincar é a salvação do viver.
E brincando tem medo. Medo de bicho papão.
De coisas que são pra valer.
Coisas do coração.
Você não entendeu, mas jamais te tocaria com mãos, só poesias.
No mais, tudo seria alucinações de rimas fêmeas e meninas,
Pois te querer, nada mais foi que anestesia.
Fantasia, uma viagem cósmica de cocaína.
Pena que seus olhos não alcançaram esse horizonte solar.
Seria, quem sabe, eternamente a ponte clandestina.
Onde a sensação mais epidérmica e infante de amar,
Jamais temeria o encontro do escuro e da lamparina.

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