Terei todas as noites, nunca iguais,
A amar-te sem cansaço.
Pois, enquanto quero-te, sempre mais,
Mais aproximo teus passos.
Chamo teu nome: Luz de reis!
Estou morrendo de amor,
E que ninguém me salve desta insensatez.
Há um prazer insano na dor.
Dê-me em conta-gotas, o sentimento teu,
Seja ele o que for. Farsa ou verdade.
Faço dele, veneno no coração meu.
Que é de fase. Ora inteiro, ora metade.
Tua língua roça minha boca, muda,
Que nada tem a falar, só beijar.
O que dizer ao éter? Iluda!
Que a solidão cumpra, sua sina de imaginar.
Mais do que tua, o que posso ser quando adormeço,
Sem distâncias de corpos e terras?
Apenas palavras. Fim sem começo.
Um amor que a realidade soterra.
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