Nasci de bunda pra cima.
Meu codinome é preguiça.
Cria da rua, lingüiça.
Filho de qualquer barriga.
Cisma de galo que cisca.
Balacobaco, passista.
É que essa vida... é rinha!
Não tenho papa na língua.
Partiu pra briga, sou osso.
Malandro vivo, caroço.
Me chamo, Zé Alvoroço.
Saco vazio, marmita.
Cafifa, mas generoso.
É que essa vida... é branquinha!
Num sobe e desce ladeira.
Um tiro de escopeta.
Capeta é ele seu moço.
Sou de menor. Dou enrosco.
Se to no brilho é pecado.
Daquele que se faz de morto.
É que essa vida... é farinha!
Se não me deram uma chance.
Agora, eu que me dane.
Se fico o bicho me pega.
Se corro, os hôme me leva.
O bom cabrito é o que berra.
E quem enverga se ferra.
É que essa vida... é purinha!
Pra não morrer vê se não míngua,
Não xinga, não atiça.
Cospe, mas não pisa.
Pra merecer vida mansa, arranha, apanha.
Geme, mas não grita.
É que essa vida... é minha!
Sou veneno de cobra!
Um comentário:
PUXA IRA, GOSTEI DEMAIS DE SUAS POESIAS GOSTARIA DE SER SEU AMIGO ME INSCREVA NO LINK,MEU NOME É RICARDO AUGUSTO. ESSA POESIA ´CHAME O DOUTOR´ É ÓTIMA. LEGAL
UMA BOA SEMANA PRA VC E TODOS OS SEUS.
Postar um comentário