INSPIRAÇÕES DO POETA

3 de mai. de 2009

Ah...Os dinossauros!

Nos dias mais loucos, onde todas as rotas me levam ao naufrágio.
Diante do navio sombrio, do mau presságio.
Cismo com você, nem sei porquê!
Logo você, que ainda não descobriu o bouquet do vinho,
O caminho das Índias e a misteriosa lenda do viver.

Nas horas mais distraídas, onde só existe deserto.
Liberto os bichos de sete cabeças e as taras que acoberto.
Teimo com a sua cara e isso não para!
Logo você, que tem mãos espartanas e ilusionistas.
Mista de toque e pegada. Seara.

Na chuva miudinha que caí dos olhos, em tempo de temporal.
Meu corpo velho e sem graça traça um desenho carnal.
Você outra vez, que teimosa insensatez!
Logo você, que tem boca de fruta madura, cheia de carne.
Repare...Pura romã. Não provar, no mínimo seria estupidez.

Quando o sol beija a face e a carne ressente e arde.
Queima ao calor, o tesão da tarde.
Lá vem sua imagem na minha viagem !
Logo você, que tem a pélvis marcada, como um aviso de perigo.
Se invadir, eu abato, mato! Ato de sacanagem.

O tempo, que enche de rugas, maltrata bundas e peitos.
Esquece de avisar que o querer tem preceitos, preconceitos.
Você, novamente! Assim, não há quem agüente.
Logo você, que eu nem reparo. Que tem esse sorriso largo.
Uma cor que provoca estrago. Paro e passo indiferente.

Você viu por aí um dinossauro?

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