Abaixo da pele há um desgosto impermeável,
Que não vasa suor nem dor.
Por dentro incicatrizável,
Por fora fingidor.
Abaixo da pele há um rio represado,
Onde a nostalgia mergulha.
Ora afunda no passado,
Ora emerge em borbulhas.
Abaixo da pele há alguém que respira,
O ar rarefeito de afetos despovoados.
Mascara a face da Ira.
Ira dos esquartejados.
Abaixo da pele há quem suporta,
Os dias de solidão calada.
Onde a tristeza abre a porta,
O que entra é sombra alada.
Que não vasa suor nem dor.
Por dentro incicatrizável,
Por fora fingidor.
Abaixo da pele há um rio represado,
Onde a nostalgia mergulha.
Ora afunda no passado,
Ora emerge em borbulhas.
Abaixo da pele há alguém que respira,
O ar rarefeito de afetos despovoados.
Mascara a face da Ira.
Ira dos esquartejados.
Abaixo da pele há quem suporta,
Os dias de solidão calada.
Onde a tristeza abre a porta,
O que entra é sombra alada.
3 comentários:
Ira, não sei se estou particularmente sensível, mas nas tuas palavras, a que vive embaixo da pele se mexeu.... dói né minha amiga! muito liondo, apesar de melancólico. A verdade é assim mesmo.
Oi Ira, amo a melancolia na poesia e no caso deste seu poema, ela foi uma protagonista muito bem versejada. Lindo texto poético, rico em metáforas e de uma profundidade lírica admirável. A imagem ficou perfeita. Amei !
Bj.
Muito profundo... Gostei.
Postar um comentário