INSPIRAÇÕES DO POETA

16 de ago. de 2010

Silenciosamente




Silenciei meu pobre coração
E abortei sem dó a ilusão,
De ser a febre dele,
O leme do navio
Na tempestade breve,
Sobre um mar bravio.
Cuspi nos lábios desses homens vis,
O mel do pólen, que eu flor não quis.
E amarguei nas noites
A solidão, o açoite,
Imagens obscenas,
Quando queria apenas amar.
Amarras eu parti.
Vivi a naufragar
Nos mares do sem fim,
Por fim venci o mar.
Por todos os meus dias,
Não sei do que fugi,
Só sei que por amor
Chorei.
Sangrei.
Matei.
Morri.

Tempestade é uma música do Reinaldo Arias, que fez tb codinome beija-flor com Cazuza, a letra é minha. Grande amigo e parceiro. Salve, salve Reinaldo Arias!

6 comentários:

Chellot disse...

Ondas poéticas de pura beleza.
Beijos doces.

♪ Sil disse...

Chorei,
Sangrei,
matei,
morri

Ira, tãoooooo euuuu rs!!

Um abraço de bom diaaaaa, amiga linda!!!

Lila disse...

Quem nunca amou, quem nunca sofreu por amor...não viveu. Simples assim ! rsss

Bjs meus !

Úrsula Avner disse...

Oi minha linda,

belo e intenso poema numa moldura lírica impecável... Bjs com carinho.

Jorge Pimenta disse...

e no final, a certeza de a tempestade jamais conheceu o.mar... a.mar...
um beijinho, poeta!

Rosemildo Sales Furtado disse...

É minha amiga, por amor somos capazes de tudo, do possível e do impossível.

Beijos,

Furtado.