Homenagem ao meu amigo Anderson de Souza – Artista Visual – que esta realizando sua primeira exposição: URGE
“O início do pé no mundo”
Urge a Cidade Cariocanose.
Só vê Deus quem morre!
E Ela não morre e Ela não dorme.
Não existe amor!
Ateia fogo nas calçadas fisiológicas,
Nos subterrâneos ordinários.
Fuma essa hereditariedade de insetos, incestos, restos,
Que não morrem e que não dormem.
Infernaliza o caos com seus dragões em chama,
Num espetáculo degradante de enfrentamentos urbanos.
Incendeia essa arquitetura humana decadente,
Suas parafernálias obscenas:
Paranóias
Embalagens sexuais descartáveis
Justiça oxicidada
Nave Vogon
Antenas nefastas de paralisia crônica
Edifícios pessimistas
Almas bestas
Queime os cadáveres de Bernardo!
Queime os cadáveres de Cézanne!
Deixe em cinzas, voz, tinta, cor,
Que esses morrem e dormem
no ângulo óptico do artista
Urge que o tempo é máximo!
E eu sou mínimo e quase "impressionado".
6 comentários:
Parabéns e Sucesso ao Artista.
E voce...sempre brilhante, navegando nas palavras de um jeito lúdico e melodioso...quase uma dança.... assim...
Bj meu.
Amo vc
MK
urge, ruge
beijo
Ira,
a tela roubou a minha atenção, "não existe amor".
A urgência da cidade assusta o meu ser, mas eu mergulho sempre nela...
Beijinho
Tuas palavras traduzem a obra do artista!!!
Beijos,
AL
Ira, lindona!
Muito boa a tela do Anderson, e interessante como teu poema deu uma continuidade a tudo que visualmente está "gritando" na peça dele.
Beijos!
Oi, Ira, irei editar o e-zine do Bar do Escritor (www.bardoescritor.ner) e gostaria de publicar um poema teu.
Só me avise, caso tu venhas a topar.
Abraço.
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