Nem mais um passo!
Não é visível esta febre sobre o chão?
No beco caótico, sou o sangue,
Não, não quero pílulas, mas escândalo.
Nem mais uma gentileza!
Não é a fúria do gato que arranha as paredes?
Faça-se inesquecível, sou pedra,
Nenhum desvelo rasga minha pele.
Nem mais um porto!
Não é o mar, ladrão de margens devotas?
Crave teus pés na areia, frente as minhas vagas,
Que jamais te devolvo a esta beira plácida.
Nem mais uma palavra!
Não é o alfabeto, bela máscara ardilosa?
Apenas limpe tua boca suja de medo
No meu sexo, depois suporte o silêncio.
Assusto-te? Então, nem mais um passo!
Perco o amigo, ao pisares no chão da intimidade.
12 comentários:
a assustadora intimidade do silêncio,
beijo
o alfabeto nas mãos de Ira brilhante é deslumbre!!
Beijinho, poeta linda!
Que dualidade gostosa. Po, amei isso.
há passos que depois de dados não podem ser refeitos
embarcamos numa estrada sem retorno
nem mais, nada
beijo
Ótimo, Ira!! É um susto necessário para a auto-preservação...e sabemos muito bem o quanto custou para chegar a este ponto!
[]s
Rafael
Paixao, amor, odio, raiva, susto, luta e reconciliacao... e uma estrada sinuosa para viver com um quase amigo.
Me gusta mucho. Un besote.
Ola
Lhe deseja uma linda tarde, coberta de muita paz e alegria!
Abraço amigo
Maria Alice
Amiga Ira, tu nos brinda com mais um poema encorpado. Um abraço. Tenhas uma linda noite.
Ira, linda aquariana!
Pois é melhor voar acompanhada sem nos sabermos, eu-ele alados; que se ter um quase amigo, no risco de perdê-lo para o chão da intimidade.
Muito Ira, esse poema!
Beijos e ótimos dias!
nem mais um passo. é que não quero apenas os teus pés. afinal, a boca suja de medo suspira pela porta do mundo que abre o caminho da redenção. quem sabe não é essa intimidade que se esconde a eternidade?
beijinho, poeta(isa) dos meus batimentos descommpassados!
ah, imagem de berenika, verdade?
Como diria o outro: " o resto é silêncio. "
Que babado!!!
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