Skena 1
Só foi feliz quem:
Viu Deus
Pagou Caronte
Bebeu Copacabana
... os demais eram normais.
Skena 2
O corpo era tão casto, tão casto,
Que dele era possível se alcançar um milagre,
Mas a face era cínica.
Skena 3
Ela era excitante, como cocaína,
Mas gostava de silêncios.
Ele, que de tanta paixão era verboso,
Não entendia mudez de boca fresca.
Na dúvida, entre palavra e ausência,
Morreu de insônia!
Skena 4
Ela era tão linda e tão perfeita,
Que ficava bem na casa do vizinho.
10 comentários:
ela e ele: sempre um descabimento: era ela, era ele, não eram, mas se faziam
beijo
Gostei imenso, principalmente da imprevisibilidade dos versos.
Magnífico e criativo.
Ira, querida amiga, desejo que tenhas uma boa semana.
Beijo.
Seus poemas além de sensuais são inovadores. Uma delícia...
Um beijo do observador.
Gostei de tudo. Não conhecia esse teu lado divertido, Ira. Explore, vale.
Beijo.
"que ficava bem na casa do vizinho"
Isso é porque não dá para reescrever todos os versos (rs). Intensos!!!
A imagem tá tinindo...
Beijo, Ira.
Ira, linda aquariana!
Os papeis 'ele' e 'ela' se cumprindo em cena, que por vezes, são mesmo ele e ela.
Beijos e ótimos dias!
Boa tarde, Ira. Como sempre arrasando.
Natureza feminina e masculina tão diferente e inversamente presente aqui.
Belíssimo.
Beijos, poeta inteligente!
caronte só traz más noticias...
a bebida afoga-as
o teu remate da casa do vizinho prova o que eu sempre soube, a tua mestria com a ironia
beijo
A ironia, suprema arma...
Beijo :)
adorno em pés de gente. suprema ironia. mas quem nunca ousou?...
beijinho, querida ira!
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