INSPIRAÇÕES DO POETA

1 de mar. de 2009

MAR

Mais raro que o azul do mar não há.
Solidão vista do ar.
Asa paira, leve e devagar na imensidão do céu.
Ah, gaivotas!
Suspensas, em busca de algum lugar.
Ah, bruma branca!
Perfuma a areia em que vou pisar.
As velas das embarcações surgem no horizonte,
Como lenços que acenam idas e vindas.
As ilhas aguardam em silêncio os barcos de não sei onde,
Que virão atracar aos meus pés.
Ah, mar dos navegantes!
Dos amantes, dos atóis e corais.
Deixe-me navegar por águas pacíficas contemplando à distância,
Velhos pesqueiros.
Deixe-me viver essa ilusão marítima e ser o timoneiro.
Lutar entre os guerreiros famintos de amor e mar.
Saborear o sal acumulado na proa melancólica.
Deixe-me invadir, vestida de luxúria e sem dono,
As civilizações esquecidas.
Deixe-me sentir o ventre em febre enquanto seu corpo ondula.
Copula na tempestade o instante mortífero.
Ah, mar de toda sorte!
Quero dormir as noites de cânticos soníferos
E viver nessa horizontal imensidão,
Até que o amor se corte.
Até que o coração suporte o naufrágio nessa sua imensidão.

Um comentário:

Leandro Galvão disse...

Parabéns pelo Blog! De muito bom gosto! Adorei os poemas! Possuo um blog e estarei divulgando para meus usuários acessarem.Me identifiquei muito com esse.
Um grande abraço e sucesso

http://www.confusaomental.com.br