INSPIRAÇÕES DO POETA

15 de ago. de 2009

Carta para o meu amor



Assim, como é necessário amar.
Amo, apenas por amor.
Por ser inteira, mas não desprezo tuas meias migalhas.
Amo, porque não dependo do teu afeto ou consentimento,
E nem mesmo de tua oferta.
Amo, pois aconteceu, como acontece a primavera.
E não me interessa, se queres rosa ou cravo.
Bravo é o amor que nada espera.
Amor de sentinela, como o meu!
Que brotou em teu chão pantanoso.
Medroso, de semear outro grão.
Amo, a revelia de tua vontade,
De teu entendimento e de tua solidão.
Amo, e é o bastante!
Sem explicação ou razão de ser.
Sem hora marcada.
Sem nada pedir ou viver.
Sem que te convenha, pois quem te ama sou eu.
E por Deus, não tenha vergonha desse amor que é meu!
Não se esconda atrás da sombra visível,
Pois é possível te reconhecer.
É como tocar o som das cordas de um violão.
E perceber a canção fugidia, que nasce dos olhos teus.
Amo você!
E sei que de alguma forma inexata, me amas.
Proclamas uma imunidade estúpida,
Por conta de tuas amarguras,
Mas que culpa tenho eu?
Dou-te a sorte, mesmo que distante, de liberta-se da morte,
Da escuridão de quem não crê,
Que o amor, ainda que doa, ainda que seja azar ou sorte.
É a melhor escolha. Basta ter coragem pra viver.

2 comentários:

Tobias Silser disse...

Simplesmente.. maravilhoso!
Esse texto ficou excelente.. cada palavra, verso.. tudo seguiu uma linha.. fazendo um encaixe perfeito de sentimentos.

Parabéns!!

Thiago Maia disse...

Pois é mulé, ando meio sem tempo... A aulas na universidade começaram e o tempo se foi, rsrs.
Mas sempre estarei por aqui.
Beijos lindona, se cuida.
Até mais ver!