Quanto tempo há nessas vidas?
Tarde aqui, noite acolá.
Tu a pisares no chão,
Eu, a balançar no ar.
Longos adeuses substituídos,
Por muros de silêncio e cal.
Diziam, não dizem mais.
Suspiram soltos no varal.
O passado é uma cidade antiga,
Com ruínas e sono, voz que cala.
Abrem-se os olhos ao novo.
Acordam cores nas cabalas.
Apascentamos os sentimentos,
Pelos caminhos, meu e teu.
Desconhecendo ao que remete,
Esse amor que nos reconheceu.
Foste sereno, quase morto,
Até passares por minha existência.
Nada havia fora do lugar,
Só, teu sentido de emergência.
E eu te fiz íntimo do meu umbigo,
Mas quase sem falar,
Porque falar nem é preciso,
Diante do nosso destino de amar.
Tarde aqui, noite acolá.
Tu a pisares no chão,
Eu, a balançar no ar.
Longos adeuses substituídos,
Por muros de silêncio e cal.
Diziam, não dizem mais.
Suspiram soltos no varal.
O passado é uma cidade antiga,
Com ruínas e sono, voz que cala.
Abrem-se os olhos ao novo.
Acordam cores nas cabalas.
Apascentamos os sentimentos,
Pelos caminhos, meu e teu.
Desconhecendo ao que remete,
Esse amor que nos reconheceu.
Foste sereno, quase morto,
Até passares por minha existência.
Nada havia fora do lugar,
Só, teu sentido de emergência.
E eu te fiz íntimo do meu umbigo,
Mas quase sem falar,
Porque falar nem é preciso,
Diante do nosso destino de amar.
3 comentários:
Lindo Ira, poema bem versejado e expressivo. Bj.
Lindo, lindo, lindo, bom aqui essa palavra tornou-se no lugar comum, seus poemas são de grande delicadeza e de uma profunda reflexão, gosto muito!
abs
'E eu te fiz íntimo do meu umbigo", é ótimo IRACEMA. É muito bom!
Os Freudianos diriam que nesta frase estaria sublimado o desejo de encher o ventre com um filho do amor.
Pode até parecer complicado, mas não é, pois em geral é na entrelinha, na subjetividade da frase ou na associção de ideias como preferia conceituar Freud que, os seres humanos, projetam para fora suas maiores e intensas verdades, necessidades e desejos!
A poesia bem elaborada,bordada como o fazem as mestres tecedoras das rendas de Bilros nordestinas, e sentidas como as suas , são de conteúdos extremamente ricos para análises mais diferenciadas do que, em sí a palavra fria , está dizendo.
É como se em toda poesia tivesse um "Conteúdo Manifesto", ou seja aquilo que o poeta disse, e um "Conteúdo Latente", ou a verdade dissimulada pelos nossos valores naquele momento e que, ele queria dizer.
Gosto realmente, dos seus poemas IRA BUSCACIO,da forma sem representações sofisticadas como você exprime seus sentimentos.
E inapelavelmente, você fala de amor, nos suas mais diversas matizes e nuances .
Daí gostar de estar sempre aqui, pois como dizia o velho Vargas:
-"Só o amor constrói para a eternidade".
E você, certamente, está reservando a cada novo e belo poema de amor, seu lugar, nesta tal de: eternidade!
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