Chama por mim, nessa escuridão e compartilhe tuas ruínas com os meus olhos, tão acostumados ao breu. Eles arrastam pensamentos desencontrados, contudo, ainda vêem a luz que sai dos olhos teus,
Que perambulam nobres, na carruagem do tempo, pelas ruas e idéias. Alheios ao vento.
Somos propósitos espontâneos, do mesmo labirinto sombrio, onde as paredes úmidas provocam arrepios e vertigens.
E se nos condenamos as trevas, por certo não havia saída mais digna, não havia saída.
Chama por mim, como um voluntário que se atira ao mar e no mergulho mais profundo descobre que precisa de ar.
E submerso, até o último segundo – o derradeiro diálogo marítimo – há de vencer a fúria das coisas externas e salvar-se, como um qualquer, como quem experimenta os cadáveres dos peixes que arpoou. E vai comer o bocado, com as mãos sujas de sal e pecado, na inocência da miséria, sem nada indagar.
Não precisamos de pórticos colossais nem do peso das botas. Somos pobres imortais, que agradam, uns aos outros, nessa nossa sobrecarregada vida de barro.
Chama por mim, sem poder e me atira o fardo da poesia, que eu me encaixo, depois da meia-noite, na rota dos mal acabados, como tu – esta provado - que enche a vida de amor exagerado e rabisca no papel, esse viver desembestado.
Nós, que somos brilho no inferno gozamos de corações eternos!
Esse texto é um carinho ao Gian (A dança das palavras ), um louco, que encontrei nesse nosso mundinho, tão especial, como outros tantos loucos, Márcio, Paulo, Úrsula, Carla, Furtado, Walkiria, Sueli, Cristina (me perdoem, se omiti outros nomes ), que bateu forte na forma, na palavra, na sensibilidade - identidade de linguagem - que me inspirou mais um texto. Por que, nós somos exatamente isso... um afã de luz, na escuridão de cada dia.
Que perambulam nobres, na carruagem do tempo, pelas ruas e idéias. Alheios ao vento.
Somos propósitos espontâneos, do mesmo labirinto sombrio, onde as paredes úmidas provocam arrepios e vertigens.
E se nos condenamos as trevas, por certo não havia saída mais digna, não havia saída.
Chama por mim, como um voluntário que se atira ao mar e no mergulho mais profundo descobre que precisa de ar.
E submerso, até o último segundo – o derradeiro diálogo marítimo – há de vencer a fúria das coisas externas e salvar-se, como um qualquer, como quem experimenta os cadáveres dos peixes que arpoou. E vai comer o bocado, com as mãos sujas de sal e pecado, na inocência da miséria, sem nada indagar.
Não precisamos de pórticos colossais nem do peso das botas. Somos pobres imortais, que agradam, uns aos outros, nessa nossa sobrecarregada vida de barro.
Chama por mim, sem poder e me atira o fardo da poesia, que eu me encaixo, depois da meia-noite, na rota dos mal acabados, como tu – esta provado - que enche a vida de amor exagerado e rabisca no papel, esse viver desembestado.
Nós, que somos brilho no inferno gozamos de corações eternos!
Esse texto é um carinho ao Gian (A dança das palavras ), um louco, que encontrei nesse nosso mundinho, tão especial, como outros tantos loucos, Márcio, Paulo, Úrsula, Carla, Furtado, Walkiria, Sueli, Cristina (me perdoem, se omiti outros nomes ), que bateu forte na forma, na palavra, na sensibilidade - identidade de linguagem - que me inspirou mais um texto. Por que, nós somos exatamente isso... um afã de luz, na escuridão de cada dia.
13 comentários:
Este texto arrepiou-me a pele e a alma Ira... Sinto-me mesmo parte ou sob efeito direto desta "chama" intrépida que arde em nós- a poesia. Sou mesmo coisa louca deste mundo... Obrigada por se referir a mim em suas palavras. Também me identifico muito com sua escrita poética a qual admiro bastante. Bj com carinho.
Nossa adorei teu texto
Muito mesmo.
Bjos no coração!
Maravilhoso o texto. Verdadeiro e muito bem coordenado. Parabéns!
Ah! Muito obrigado pela citação, me deixou envaidecido.
Beijos,
Furtado.
Forte texto e portador de uma mensagem tão verdadeira!!
Parabéns amiga, gostei!
CR/de
Excelente texto... prendi a respiração e li atentamente o texto, sentindo a força do mesmo em mim.
Gostei muito
Parabens amiga
bjs
Luis
como havia dito as palavras eram lindas e mereciam o destaque q receberam agora.
fica uma pontinha de vaidade aqui, de tê-las despertado.
bjs querida
Nós, que somos brilho no inferno gozamos de corações eternos!
Cara, por isso que adoro passar aqui, e ler.....ler....ler, tudo isso que voce escreve-diz tão naturalmente.
Bj meu
Ira,
De perder o folego.do jeito que toca,envolve ,esparrama no gozo dos corações eternos.
Descobre que precisa de ar...
Com carinho,
Cris
Te espero no blog
Fantástica meu deus... fantástica
Belíssmo! Como já disse: seus textos me deixam extremamente encantada, agradeço muito por esses presentes raros.
bjus querida.
IRA BUSCACIO, que texto lindo, minha amiga!
Olha, IRA,eu sei que raiva, mal-humor enfim...estas coisas dão câncer, gastritte, etc e tal, mas ver um texto destes, e ler algumas incríveis porcarias literárias(?) na mídia profissional, é de doer.
Este texto, por exemplo poderia caber em qualquer caderno da grande mídia, mas são sempre os mesmos chatos, que até perderam o entusiasmo pela profissão.
Dei uma olhada geral no seu blog,o "Bilhetinho" então até me emocionou.
Parabéns IRA, e agardeço a generosidade da sua presença aos meus blogs.
Fique com Deus!
QUERIDA...
Nos corações sensíveis
tem o brilho de um olhar feliz
E um tesouro
chamado Amizade!
Você é uma pessoa
Especial!
BJS...
Realmente, é um belo texto!!!
Obrigada por compartilha-lo conosco!!
Bjos Ira
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