
Nasci de bunda pra cima
Meu codinome é preguiça.
Filho de qualquer barriga.
Cisma de galo que cisca.
Balacobaco, passista.
É que essa vida... é uma rinha.
Não tenho papa na língua.
Partiu pra briga sou osso.
Malandro vivo, caroço.
Saco vazio, marmita.
Cafifa, mas generoso.
É que essa vida... é farinha.
Num sobe e desce ladeira,
Um tiro de escopeta.
Capeta é ele, seu moço.
Sou de menor, dou enrosco.
Se to no brilho é pecado.
Daquele que se faz de morto.
É que essa vida... é branquinha.
Se não me deram uma chance,
Agora, eu que me dane.
Se fico, o bicho me pega.
Se corro, os hôme me leva.
O bom cabrito é o que berra.
E quem enverga não quebra.
É que essa vida... é purinha.
Pra não morrer, vê se não míngua, não xinga, não atiça.
Cospe, mas não pisa.
Pra merecer vida mansa, arranha, apanha.
Geme, mas não grita.
É que essa vida é minha.
É veneno de cobra!
7 comentários:
Oi Ira! Seus poemas são muito criativos, mas não posso compreender claramente como você merece, desculpe-me se o meu Português é terrível. Eu escrevo com o tradutor do Google! Por isso peço desculpa se a minha escrita parece muito estranho! hahaha!
Estas muito bonita na slides, você parece um modelo.
Bjocas
Excelente canção. Lembrei de Valmir Jordão em Justiça Total: Coca para os ricos,/ Cola para os pobres:/ Coca-Cola é isso aí!
As faces sociais dos poetas, são as melhores. Beijo grande!
Dolorosa realidade que já foi filme, poesia, música, reportagem, mas que dói mesmo por ser uma história que não muda, um destino inexorável...
A beleza do teu poema nu e cru, expõe a ferida mais uma vez...
Beijokas.
Que maravilha, tem uma essencia de Rap/hip hop nessas linhas!!
bjos
Coisa lindaaaaaaaaaaa que essa minha amiga escreve!!!
Tu és maravilhosaaaaa!!
Não tenho papa na língua.
Partiu pra briga sou osso
Tãããããão euuuu hehehehe!
Te abraço, minha linda!
Cara, essas suas
canções-poesias... são vida e REAL!
bj meu
Muito bom, Ira. Forte, ritmado e colorido.
Você é sempre danada!
Beijos
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