INSPIRAÇÕES DO POETA
12 de out. de 2010
Metade
Amasiada a solidão, fardo maldito do ebó,
De exú. Borda o véu que não vai ao altar.
Bole, nas pedras ametistas, três Marias.
Joga pra cima a sina, duas casam, ela caritó.
Depois do triste dia ganhou nuvem carpideira,
No olhar. Molha o rosto mambembe de pó.
É um quê de molambo e um quê de dama.
Joga pro chão a sina, uma santa, outra rameira.
Siriricandeia e ateia demônio no corpo dela
Vixe fogo! Que mar incendeia só de encostar.
Racha o sol do meio dia e ela meia desmantela.
Joga pro lado a sina, pouca reza, muita vela.
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18 comentários:
Quanta brasilidade!
tem pimenta nesse versos.
Tudo é lindo!rs
bjos
Joga pro lado a sina!
Tenho feito isso!
Ira, eu sou sua fãããããã!
Muita gente é, mas eu sou maisssssssssssssss heheheeh!
Eu te adoro, simples assim!
Beijoooooooo
Hoje, 40 anos e metade...
Bjs*
Ira,
Coisas do Brasil brasileiro, filho da bela África, nascido tão belo por causa das mães benzedeiras e porque o Pai do Céu é verde e amarelo. Ai, minha Bahia de todos os santos, ai meus santos mineiros, meus anjos barrocos.
Beijos!
Bom dia, minha querida Amiga Ira!!
Desculpe a demora para te agradecer seu comentário lá no Desnudo, mas segunda e ontem, casa cheia, filhotes e afilhados, todos aki, m=nem deu tempo pra nada...
Espero que seu feriado, junto dos seus queridinhos filhotes e netos, tenha sido maravilhoso minha Amiga...
Um semana maravilhosa pra ti, como sempre, com todo esse dom Poético que tens dentro de Ti...
Bjs em seu coração minha querida
Marcio RJ
Essa minha terra e as facetas da diversidade...onde tudo, em tudo há cores, ginga e palavras... e que belas palavras!
beijãosãO
Brasil.... lindo
lindo
lindo... amei a imagem... na verdade eu adoro ela
Beijos
Cara, mas não é este o retrato de mulher?
Se faz simples, mas nocauteia nos mistérios... pouco reza, muito vela!!!
Bj meu
mk
Ira...
A Fantasia deste um belo poema, combina na perfeição com a tela da Frida Kalo!...
Beijos, querida!
AL
Somos sempre pelo menos duas, às vezes tantas que cabe a santa, cabe a pecadora, cabe a mãe de santo, a beata, cabe a carpideira, quem sabe a bruxa, a cabrocha, uma rameira...
Ira, vc é demais.
Deixei um link pro teu blog no meu sidebar. Passa lá pra ver.
Beijokas.
Já saiu do forno!!!
corre lá..
bjos
Metade sem cara, Ira. A cara metade não se encontra nos terreiros (ou se encontra?), mas, quiçá, na sina que foi jogada pro lado. Beijos
Hola Ira,
Qué lindo poema bien telúrico, de Brasil adentro.
Y buena la ilustracion de Frida Khalo, corazon a corazon.
Beijosss!
onde vc axa essas imagens tão bizarras? o poema ficou muito bom
d+++++++++++++ isso é lindo d+++++++++
é justamente entre completudes que a massa se fragiliza, quebra abrindo fendas que acabam por incinerar o interior da terra. é nesse então que se começa a viver.
um beijinho inteiro, ira!
Bárbaro no sentido selvagem da palavra.
Belíssima composiç~]ao...RUBRA,BIpartida como os lábios da viúva,da vulva incandescente.
Ira, já li esse texto umas 4 vezes e não consigo comentar. Me dá um nó na garganta. Menina que imagem!!! Essa da Frida é linda.
Então, fica o beijo. Obrigado pelas visitas no Partitura.
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