INSPIRAÇÕES DO POETA

2 de mai. de 2011

Alegoria da Miserável Alegria




Perdoe-me se minha simpatia o incomoda,
Eu que sofro de todos os males sem ruídos.
Sei que adorarias ver-me em posição de foca,
Patética e desgraçadamente me aplaudindo.

Lamento, mas a imaginação me cobre de hálito,
Cálido sabor da fogueira dos desertos antigos.
Leva-me por terras de todos os sossegos felizes
E tu, tão decadente alma, só tens teu umbigo.

Nada importa tua longa língua debochada,
Que vive pra fora a sujar-te de merda a gravata.
Pensas que tua podridão me agride os propósitos?
Mal sabes que perdi o faro nas curruelas baratas.

Versei aos infelizes nossas ignomínias
E amamo-nos misericordiosamente como gente.
Todos os poemas me foram sentidos antes,
Na textura epidérmica, simpaticamente.

22 comentários:

Unknown disse...

Ira Amiga suas letras unicas elas dizem claro o sentir que de seu coracao nace asim de sentidas e toda uma honra poder apreciar ese lindo arte que expresan suas letras...parabems sempre amiga

abracos
otima semana
saludos

Anônimo disse...

Oi Ira...

eu só ouso lhe dizer que seus poemas estão acima de qualquer comentário...

eu os sinto...os respiro...caem penetram a alma...e passeiam pelos lugares onde cada palavra sabe onde deve entrar....

obrigada pelo seu carinho...fico honrada com seus comentários poetisa!

tenha uma semana de luz e paz!

meu carinho...sempre!

Zil

Sandra Gonçalves disse...

Tem selinho lá no Meu Aconchego pra vc.Meus 500 seguidores, gostaria que vc compartilhasse desta alegria comigo. Beijos achocolatados

Marcia M. disse...

Ira gosto muito de ler você, adorei o visual!!boa semana querida!

Jorge Pimenta disse...

ira, querida amiga-poeta carioca,
quando as faces se esfacelam no olhar-reflexo e os olhos estrábicos deixam de conhecer o que outrora respirou dentro de si, tudo o mais é ferida seca sob crosta dura. sem desculpas, evitando equívocos, fugindo de lamentos ou justificações erosivas. resta a luva que, sob as instruções feéricas da dita protecção, asfixia o que sobra de cada um de nós.
beijinho sem luvas ou borracha!

Nilson Barcelli disse...

Uma alegoria muito ao teu jeito. Cheia de Ira... Fabulosa... gostei imenso.

Continua simpática... sempre... não me incomodas nada, antes pelo contrário...

Querida amiga, boa semana.
Beijos.

Iram Matias disse...

E como a sua simpatia deve incomodar muita gente, amiga.
Ela é muito pra quem não possui nem um tiquinho dela.
Linda!

Beijos

Antonio José Rodrigues disse...

"Se o seu coração é absoluto e sincero, você naturalmente se sente satisfeito e confiante, não tem nenhuma razão para sentir medo dos outros." [ Dalai Lama ]

Beijos tropicais no coração carioca

Joelma B. disse...

Ira, brilhante...

Que versos intensos... do tipo que estupefa e cala...

Beijinho de Luz, poeta!

Suzana Guimarães disse...

"Todos os poemas me foram sentidos antes,
Na textura epidérmica, simpaticamente."

Ira,

Irresistível não comentar... adoro "desabafos" dados com luvas de pelica, simpaticamente.

Adoro tua classe e já havia visto - em silêncio - as mudanças no Blog, mas agora também não resisto e venho dizer que está muito chique esta tua fotografia do perfil.

Beijos,

Suzana/LILY

A.S. disse...

Ira,

Um poema denso, intenso como um vento que tudo arrasta...
Gosto de emoções fortes... adorei o poema!


Beijos,
AL

Dilmar Gomes disse...

Amiga Ira, teu excelente poema, lembra de certa forma, alguns poemas de Fernando Pessoa.
Um grande abraço e uma ótima semana!

Unknown disse...

textura, tessitura, derme, epiderme


beijo

► JOTA ENE ◄ disse...

ººº
Perdoa-me esta sinceridade, mas você de tão simpática que é, não me incomoda minimamente.

Beijosss !!!

meus instantes e momentos disse...

gosto de ler voce, do principio ao fim, do fim ao principio, começar no meio , atras, de lado, de todo jeito. Ler voce é gozo. Porque??? não sei, só sei que é...
Maurizio

Lucas Nícolas™ disse...

Eu adoro ler você, pois tu fazes que a vida tenha mais sentido nos teus poemas, eu busco ainda algo que não sei o que é, e quando leio o que tu escreves "fico mais ciente do que quero, apesar de não saber de nada ainda... Parabéns Poetisa! E um sincero Obrigado a você!

Úrsula Avner disse...

Oi amiga,

sua poesia forte, expressiva e visceral está cada vez mais bem articulada... Bj com carinho e uma ótima semana.

Anônimo disse...

Um poema interessante, ferino. Algo lhe provocou tais palavras, creio que sim. Mas você escreveu e exprimiu muito bem sua posição. Parabéns poetisa!

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá Ira! Belo poema! O desabafo faz muito bem para à alma.

beijos e ótima semana pra ti.

Furtado.

Carolina disse...

Ira, que bom! Eu gosto da rima. Bjsss.

Nielson Alves disse...

LINDEZA SUAS PALAVRAS
BEIJOS E APLAUSOS

Al Reiffer disse...

Muito bom, bastante profundo. Abraços!