INSPIRAÇÕES DO POETA
16 de jun. de 2011
ALFABETO DAS DESGRAÇAS - Letra D - DEMÊNCIA
Por que a vontade de sorrir chorou
E a passarela da Brasil ficou de pé?
Até quem é de briga, não injuriou.
Parou pra ver a louca andar de ré.
Será que é mansa essa mulher de lua
Ou tem vertigem de provocação?
Será somente a mente que flutua,
Enquanto o corpo soluça no chão?
Havia burburinho de vozes, sem dono, na porta do café chinfrim.
Na quina do balcão viu a mão que se soltara dela batucar feliz.
Tentou alcançá-la, que nada! Ela saiu desafinando um bom Jobim.
Bebeu mil goles, de esvaziar copos e olhos, a pobre moça de fração
Depois com dó de si guardou a boca suja pra nunca mais se ouvir.
Dançou! Como quem é de hospício, lúcida e nua, na rua em contramão
Girou, girou,
Cada momento perverso
E caiu verso
No último quarteirão
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10 comentários:
Amiga Ira, estou passando por aqui para apreciar a tua arte e ao mesmo deixar o meu abraço.
Tenha um bom dia.
Sou uma apaixonada por poemas. E essa tua sensibilidade de escrever já me fez íntimas dos seus. Adorei tudo por aqui! Seguindo. Beijos!
http://analuizacabrall.blogspot.com
A emência sob tua maestria transforma-se em estado de graça!
Beijinho de quinta, Ira brilhante!
A P L A U S O S!!!
lindo, ira.
Pobre moça, ela se sente um forte vácuo existencial é o sinal dos tempos.
Estou enviando-lhe um grande abraço, meu querida Ira.
Amiga querida que dominio de palavras rs! adoro ! Um beijão pra ti!
Deixo aqui meu e-mail.
marcinha_morena_@hotmail.com
LIndo!
Quando perdemos tudo e tudo nunca foi nada talvez.
Gosto daqui e de ler-te!
Beijos!!
Carla
Wonderful work on your blog Ira, very well done.
greetings from Hollanda, Joop
D de doído, demais
beijo
Caiu verso e viveu poesia...e ao te ler me vem um sopro da Construção de Chico, há muito ritmo sempre em teus versos e agora ele está lançando A descosntrução e penso que a letra D vem junto a este tempo, triste, doído que em poema sempre transforma...
Beijos, Ira e bom final de semana, mas antes vou ler a letra E...
Carmen.
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