Imploras-me o amor,
Este carro abre-alas, sem motor.
Digo-te que há peso e brevidade
Na arrastada passagem da alegria,
Pois tudo termina no fim da avenida.
Desejas-me a carne
Como um cão de rua ao osso precário.
Digo-te que esta carne é vil,
Tanto, quanto,
Um namorado depois do último beijo.
Suplicas-me a alma,
Coisa que não entendo nem nos olhos.
Digo-te que a louca veste saia,
Batom encarnado.
Quem há de acordá-la deste ímpeto?
Dar-te-ei apenas,
O que de verdade há em mim,
Chuva, terra, vento, mar
E este mínimo poema,
Que morrerá em teus lábios.
17 comentários:
de ofertas e oferendas: eis a ceia posta,
beijo
morto nos lábios, aceso na alma...
Mínimo é só um verbete que não cabe a tudo que você escreve, Ira.
Delicioso o poema, cabe no amor, na companhia e nesse alguém.
Gosto.
Beijo.
Bom dia, Ira. O seu poema lindo como tudo o que você escreve.
A brevidade do amor é impressionante, tudo muda com o tempo, ainda que não queiramos enxergar isso, e não sei se tem como ser novamente belo.
Quem não ama com a alma, apenas querendo satisfazer os seus desejos carnais, muito mais abreviado será.
Nós somos essência, alma, fogo, paixão, equilíbrio ou não.
Somos a verdade de nós mesmos, e é isso que temos de partilhar com o outro, a intensidade do nosso ser!
Um beijo na alma, e fique na paz!
Os lábios: porto e sepulcro...
levo tua intensidade na pele!
Beijinho com admiração imensa, Ira brilhante!
amor fogo, arde e tudo destrói
se tu és minha fã imagina o que eu penso de ti, eu é que sou (e devia ser) tua fã e não o contrário
beijinho, tempestade
morre nos lábios , renasce na pele!
Lindo Ira.
Beijinho
Ira, lindona!
"Dar-te-ei apenas,
O que de verdade há em mim,
Chuva, terra, vento, mar
E este mínimo poema,
Que morrerá em teus lábios."
E precisa mais?
Grande beijo e ótima semana!
Obrigada por colocar o Humoremconto na tua lista de blogs, muito legal! Já estou colocando o Faces por lá também, quero acompanhar tudinho, mesmo que não comente em todos.
Minha querida
Como sempre a força e profundidade das tuas palavras deixa-me extasiada...a saio silenciosa e plena de poesia.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
"Suplicas-me a alma,
Coisa que não entendo nem nos olhos.
Digo-te que a louca veste saia,
Batom encarnado.
Quem há de acordá-la deste ímpeto?"
Ira,
Estou gostando muito desta nova safra, muito mesmo! A poesia salta por teus dedos, pela boca, pelos poros... essa louca, eu adoro!
Beijos,
Suzana Guimarães - Lily
Ele com certeza vai declamar
este poema as ondas
do mar
aos ventos das velas
e voo das gaivotas e albatrozes
não vai morrer no batom
de um lábio qualquer
nem na última pétala
de um mal me quer
vai ser recitado
por um coração
apaixonado.
Luiz Alfredo - poeta
Eu tenho fome... Principalmente de textos como esse...
Bjs*
Venho desejar uma abençoada semana,
também pedir sua presença no meu blog para
nos unir em oração.
Na postagem esta tudo explicado.
Desde já Deus abençoe e seja bem vindo juntando -se
a nos.
Beijos no coração.
Evanir.
Tens os olhos mais lindo que já vi no mundo virtual.E consegue passar uma paz infinita.
Hola Ira, estas muito inspirada uma vez mais ves muito claramente. Rostos, expressões, covardia, raiva, amizade, traição, decepções, alegrias do seu coração ... sempre inspirada!
Grande abraço.
Com tantas porções de intimidade o teu poema é um manjar para os sentidos...
É magnífico, gostei imenso.
Beijo, querida amiga.
Levando em consideração
o fato de que não sei
comentar poesia (vexame) rs
só gostaria de te contar
que sempre me envolvo lendo
o que você escreve. Sei que não
é interessante saber de mim rs
mas é tão sincero esse impacto
que você me causa =) Já sou fã!
Beijão!
máxima poesia para os mínimos que se não saciam. que mais desejar nessa mesa de morreres para lábios sedentos de vida?
beijinho, ira!
Postar um comentário