INSPIRAÇÕES DO POETA

28 de set. de 2009

Porto




Navegar, nunca foi preciso, já no mar nasci e vivo,
Entre um naufrágio e outro, algumas ilhotas.
Aporto o humano coração, em terras sem cultivo.
Revolto-me! Volto inumana, ao oceano de mil rotas.

Mergulho desatinada, no breu mais profundo,
De quase nada verde, na parede de água dura,
A procura do que desconheço, mas circundo.
Há de um Deus marítimo salvar-me da loucura!

Sobrevivi aos ciclopes, com dois olhos de mulher, apenas.
As centenas de palavras afogadas nas vagas infernais,
Até descobrir Pessoa e depois Luis, nas coisas pequenas.
Quando estou viva... morro de amor, por esses dois porto-i-guais.

7 comentários:

Belle disse...

O importante, após uma tormenta, é nos reerguermos e seguimos em frente!
Belo texto
bjão

Rosemildo Sales Furtado disse...

Mergulho desatinada, no breu mais profundo,
De quase nada verde, na parede de água dura,
A procura do que desconheço, mas circundo.
Há de um Deus marítimo salvar-me da loucura!

Lindo e muito profundo amiga. A mamãe inspiração andou aumentando a dose.

Beijos,

Furtado.

Úrsula Avner disse...

Que belo Ira, você tem momentos de grande inspiração e acredito que,de transpiração também rsrs... Encantador versejar. Bj.

cristinasiqueira disse...

Maravilhoso!!!!!!!!!!!!!
Até descobrir Pessoa e depois Luis, nas coisas pequenas.
Quando estou viva... morro de amor, por esses dois porto-i-guais.
Que força expressiva!

Com admiração,

Cris



Postei São Paulo-bagagem no blog
www.cristinasiqueira.blogspot.com
Espero sua visita

Ângelo disse...

Excelente poesia. Gostei do uso das metáforas nela e especialmente da inspiração no clássico "mar português".

meus parabéns, sigo nas minhas crônicas e contos do meu blog...dá uma olhadinha lá quando tiver tempo, dei uma atualizada.

beijo

sueli aduan disse...

Belíssimo.( um presente)

é sempre delicioso "entrar" aqui,e claro sair renovado.
bjs

Talita Prates disse...

É tua, a casa!
Ao contar a história da minha alma, acabo contando a história da alma-humana, da tua história!
Volte sempre que quiser, a honra será minha!

Poememos!
Poem-amemos!

Bjo!