INSPIRAÇÕES DO POETA

22 de jun. de 2011

ALFABETO DAS DESGRAÇAS - Letra J - JUSTIÇA




Estúpido querer esse meu, de boca aberta
Língua antropófaga faminta de ti – poeta
Foi o amor que me subiu
Dos pés até a goela. Previ!

Língua tensa de fome comeu cada livro,
Sem orelhas, todos de castidades tal,
Que eles de dor culparam
A boca com praga mortal

Por todo sempre, cava de dentes. Oh, miserenta!
Que violentares meus versos tumulados
Dou-lhe mão de tinta por castigo - dor de parto!
Cada poema teu, um filho contaminado

16 comentários:

Lê Fernands disse...

não jeito,
herança junto!


=)

@Francisquices disse...

Intenso.

Dilmar Gomes disse...

Amiga Ira, poetisa de talento; é necessário que tu publiques teus poemas em livro, digo em livros, pois, quantos livros de qualidade inexpressiva são publicados por ai, enquanto teu trabalho, de qualidade superior, espera na gaveta. Mecenas do Brasil, façam alguma coisa em prol da boa poesia.
Um abraço fraterno. Tenha um bom dia.

Joelma B. disse...

A boca corrompe as intenções...

Beijinho de quarta-feira, Ira brilhante!

Bom feriadão!

La sonrisa de Hiperion disse...

Como siempre amiga, realmente estupenda.

Saludos y un abrazo.

Antonio José Rodrigues disse...

"A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero."
Victor Hugo
Beijos

carmen silvia presotto disse...

Hey, acabste de inventar o poeta devorador, o que chega e consome todas as tintas dos versos(rs).

Beijos, sempre bom estar aqui.

Carmen.

Marcelo R. Rezende disse...

Os frutos proibidos.

Liberdade. disse...

olá querida!

Intenso!
a língua é o menor membro e o
que mas mal faz!

um abração!

Átila Goyaz disse...

Estou lendo seu alfabeto e gostando muito Ira!
Todos estão contaminados de idéias; lindo trabalho!
bjus

Anônimo disse...

Adorei o seu espaço Ira Bucacio. Irado e rebuscado, lembrou o seu nome.rs abraço

♪ Sil disse...

Maravilhaaaaaaaaaaa Ira!!!!

Anônimo disse...

Um belo poema este. Não tão direto.

CaFoFo online@ disse...

Forte o final, como um castigo injustiçado, Ira.



** eu peguei meu prato de purê, ia comer, mas tuas poesias me fixaram no monitor hehehe

Unknown disse...

cada verso se alimenta do outro, palavra devorando carne


beijo

Anônimo disse...

Lindos seus poemas! Adorei!
Beijos da Marie